São Paulo, terça-feira, 20 de fevereiro de 1996
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Para BC, mecanismo é válido

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O assessor de imprensa do BC (Banco Central), Reinaldo Domingos Ferreira, disse que as contas CC-5 são um mecanismo válido para a atual política de abertura cambial. Segundo ele, esta é a posição do presidente do banco, Gustavo Loyola, e do diretor de Assuntos Internacionais, Gustavo Franco.
"Se existem brechas que permitem fraudes, a legislação será aprimorada", afirmou Ferreira. Segundo o assessor, o banco está fazendo um levantamento para identificar eventuais "buracos" nas normas que regulam as operações cambiais.
O BC quer aperfeiçoar a legislação sem causar prejuízo à abertura cambial, disse Ferreira.
A assessoria de imprensa da Febraban (Federação Brasileira das Associações de Bancos) informou que as CC-5 são um instrumento legal, regularizado pelo BC, cabendo às autoridades financeiras apurar supostos usos indevidos.
Os bancos Chase Manhattan e ING Bank informaram, por intermédio de suas assessorias, que nada têm a declarar sobre o assunto. A assessora de imprensa do Chase, Nadja Vaz, alegou que o caso ainda está na etapa de inquérito e, portanto, sem conclusão sobre o suposto envolvimento do banco.
A secretária da presidência do ING Bank, Barbara Elsbach, disse que o banco não tem nada a declarar sobre o inquérito da Polícia Federal em que a instituição é citada por ter aberto uma conta da empresa panamenha Becket Corp.
O Unibanco, que incorporou o Nacional, informou, por meio de sua assessoria, que não adquiriu o Interbanco e desconhece o inquérito aberto pela PF sobre as operações em Foz do Iguaçu (PR). A assessoria não sabia como localizar o ex-vice-presidente do Nacional Naghib Antonio.
No inquérito da PF, ao qual a Folha teve acesso, Naghib Antonio disse que "o banco (Interbanco) sempre baseou suas orientações em relação às contas CC-5 nas normas regularmente editadas pelo Banco Central".
O Citibank considera exagerado o relatório do delegado João Carlos Abraços sobre "possível envolvimento de diversas instituições bancárias instaladas no Brasil" com empresas de fachada nos paraísos fiscais.
Segundo a assessoria de imprensa, é normal o Citibank ajudar empresas estrangeiras a abrir contas no Brasil.

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