São Paulo, terça-feira, 20 de fevereiro de 1996 |
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Banda dinamarquesa toca axé-music
FÁBIO GUIBU
Criado em 82 durante o primeiro Carnaval de Copenhague, capital da Dinamarca, A Banda tem 70 componentes, mas só 40 deles puderam vir ao Brasil neste ano. Quase todos são músicos amadores, diz o clarinetista Christian Nicolai Dyssel Sally, 29, que é sociólogo, economista e trabalha na formação de agentes de saúde no deserto do Saara (África). Entre eles só há um músico profissional: o maestro Soren Jonch, 37, que coordena o grupo. Os demais são policiais, bancários, estudantes e professores, que pagam para vir ao Brasil. Além de dinamarqueses, integram a banda seis brasileiros radicados naquele país, além de um inglês, um norueguês, um sueco e um argentino. A manutenção deles em Olinda é financiada pelas 25 apresentações que fazem todos os anos em sete países da Europa, conta o clarinetista. "Formamos um bloco independente, anárquico e tocamos por amor ao Carnaval de Olinda", diz Sally. "Já viajei por 40 países e nunca vi nada parecido." A Banda, que em 90 veio ao Brasil "mais para aprender e conseguir partituras", hoje tem um repertório de 40 músicas, entre frevos, sambas e axé-music. "Acho que já pegamos até o suingue do brasileiro. É só ver quanta gente nos acompanha." O grupo dinamarquês tem feito em média três apresentações por dia. Além dos olindenses, foliões das cidades pernambucanas de Vitória de Santo Antão e Paulista também já viram A Banda passar. Em 98, afirma Sally, será a vez de os baianos conhecerem o que é que os dinamarqueses têm. "Daqui a dois anos pretendemos tocar no Pelourinho, para mostrar o que sabemos e aprender mais", disse o clarinetista. Texto Anterior: Estreante mostra empolgação Próximo Texto: Maracatus reúnem 1.500 Índice |
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