São Paulo, quinta-feira, 22 de fevereiro de 1996
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Funai tenta resolver conflito no Mato Grosso

MYRIAN VIOLETA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE

A Funai (Fundação Nacional do Índio) enviou o antropólogo Jorge Luiz de Paula e o indigenista Francisco dos Santos Magalhães para mediar o conflito entre índios xavantes e madeireiros em Campinápolis (564 km de Cuiabá).
Desde sexta-feira, quando ocorreu o primeiro choque, três pessoas morreram e três ficaram feridas. Segundo a Funai, o conflito começou quando os xavantes encontraram dois homens que estariam retirando ilegalmente madeira da reserva de Santo André.
Quando tentaram abordá-los, segundo a Funai, teriam sido atacados pelos cães dos madeireiros. Os índios reagiram e houve tiros.
O madeireiro Simão José Parreira morreu. Seu irmão Vilmar José Parreira e o agente da Funai João Weredê ficaram feridos.
O conflito teria causado a revolta dos xavantes. Segundo a Polícia Militar, 70 índios atacaram uma casa na segunda-feira e mataram Otacílio José de Carvalho e Amélio José da Silva.
Segundo Osvaldo Borges Pinto, 38, chefe do Serviço de Assistência da Funai de Nova Xavantina (MT), 50 xavantes de outras aldeias, que se deslocaram para a reserva para ajudar seus parentes quando souberam do conflito, já voltaram para suas aldeias.

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