São Paulo, quinta-feira, 22 de fevereiro de 1996 |
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C-Bond despenca durante o Carnaval
JOÃO CARLOS DE OLIVEIRA
Com queda acumulada (de 16 a 21 de janeiro) de 5,72%, fechou ontem no patamar de US$ 0,6400. Essa é a mais baixa cotação desde 19 de janeiro. O IDU, um título mais curto, que vence em janeiro de 2001, caiu menos (0,83%) e fechou cotado a US$ 0,8950. A queda do valor dos títulos brasileiros é um reflexo das declarações de Alan Greenspan, presidente do banco central dos EUA, o Federal Reserve, que tiraram do cenário de curto prazo a possibilidade de novo corte dos juros. O mercado trabalhava, anteriormente, apostando em uma queda de mais 0,25 ponto percentual e imaginava que a economia norte-americana continuava em recessão -avaliação que os últimos indicadores não confirmam. Ou seja, o mercado não reagiu a uma elevação da taxas, mas ao fato de que foram frustradas as expectativas de nova queda. Essa frustração alterou a curva de taxas previstas para o longo prazo. O ajuste foi efetivado na terça e consolidado ontem. Os títulos de 30 anos norte-americanos fecharam no patamar de 6,4% ao ano. Antes, giravam em torno de 6,1%. Os títulos de 30 anos servem de referencial de ganho para os que buscam alternativas de investimento -eventualmente, redirecionando recursos para os chamados mercados emergentes. Logo, esperam os analistas, o fluxo de investimento deve cair. Ontem, os ADRs (Recibos de depósitos) da Telebrás fecharam com queda de 2,7%, sinalizando um dia de baixa para a Bolsa paulista hoje. Ontem, o BC emprestou recursos ao mercado, no over, por dois dias, à taxa-over de 3,81%. A taxa média do over ficou em 3,79%, embutindo uma expectativa de taxa efetiva de 2,37%. Não começou a transição das taxas para março, que, espera o mercado, terá juro efetivo menor, cerca de 2,22%. As cadernetas que vencem hoje pagam 1,7483%. \(João Carlos de Oliveira) Texto Anterior: Mirage foi criação de Marcel Dassault Próximo Texto: Kaiser ultrapassa concorrentes em SP Índice |
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