São Paulo, quinta-feira, 22 de fevereiro de 1996
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Presidente do Fed admite corte nos juros

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O presidente do Fed (banco central norte-americano), Alan Greenspan, disse ontem que a taxa de juros pode cair novamente, se a inflação do país também diminuir.
Greenspan fez o depoimento durante sabatina realizada pela comissão bancária do Senado.
"Não seria uma coisa ilógica reduzir mais as taxas de juros", disse Greenspan.
Porém, alertou, se o Fed achar que a economia norte-americana está "demasiadamente forte", não haverá mudança nas taxas atuais.
Greenspan declarou que sua intenção é reduzir "de maneira significativa" as taxas de juros a longo prazo.
Segundo o presidente do Fed, a redução da taxa de juros é uma necessidade se o país quiser manter um crescimento sustentado.
Greenspan previu que 1996 será "um bom ano" para a economia norte-americana.
O índice de desemprego deve permanecer estável, entre 5,5% e 5,75%.
A inflação anual, contudo, não deve ultrapassar os 3,0%, segundo cálculos do Fed.
Alan Greenspan era presidente do Fed e foi novamente indicado pelo presidente Bill Clinton para o cargo.
A sabatina é prática habitual do Senado. Nela, o presidente do Fed faz um informe semi-anual sobre a política monetária.
As declarações de Greenspan foram bem recebidas em Wall Street. Os investidores norte-americanos não acreditavam em nova redução dos juros.
O Fed (Federal Reserve) reduziu três vezes as taxas de juros nos Estados Unidos nos últimos sete meses. No total, houve uma redução de 0,75%.
Greenspan alertou que o risco da recessão pode aumentar e que o Fed não ignora isso.
"O mais importante, no momento, é associar um crescimento gradual com uma baixa inflação", disse.

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