São Paulo, quinta-feira, 22 de fevereiro de 1996
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Juiz e bandeirinha criticam sistema eletrônico

MÁRIO MAGALHÃES; MARCELO DAMATO
DOS ENVIADOS A TANDIL

O árbitro Antônio Pereira da Silva e o bandeirinha Teodoro Castro Lino, ambos brasileiros, criticaram o sistema de comunicação eletrônica entre árbitro e auxiliares em teste no Pré.
"Sou o único bandeirinha da competição completamente contra esse sistema", afirmou Castro Lino. "Auxiliar palpitando ou com poder de decisão atrapalha."
O sistema é experimental. No mastro da bandeira, o auxiliar de linha tem um botão. Ao apertá-lo, um cartão que o árbitro carrega no bolso da camisa emite um som.
O objetivo é chamar a atenção do árbitro para a marcação de impedimentos, substituições etc.
Usualmente, isso é feito só com a bandeira erguida. Mas, muitas vezes, de costas, o juiz não vê.
Pereira da Silva disse que o cartão emite o sinal num volume muito baixo. "O árbitro deveria levar um fone no ouvido para ouvir."
No jogo entre Argentina e Chile, anteontem, ele só ouviu o bip uma vez. "Só eu apertei quatro", afirmou Castro Lino.
Em abril, será testado outro sistema. O bandeirinha carregará um microfone na colarinho e falará ao juiz. Hoje, eles só passam o bip.
"Sou contra", disse Pereira da Silva. "Se uma pessoa apitando já é complicado, imagina três."
O sistema experimental já causou problema num jogo (não se sabe qual) do Pré-Olímpico.
O juiz ouviu o bip e viu a bandeira levantada, mas não concordou com a marcação de impedimento. Irritado, o bandeirinha continuou bipando sem parar.
Amanhã, os árbitro do Pré discutirão um problema prosaico apontado por Castro Lino.
"Há muitos defensores passando a mão nas nádegas dos atacantes e fazendo com o dedo o que não devem", contou.
(MM e MD)

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