São Paulo, quinta-feira, 22 de fevereiro de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Juiz e bandeirinha criticam sistema eletrônico
MÁRIO MAGALHÃES; MARCELO DAMATO
"Sou o único bandeirinha da competição completamente contra esse sistema", afirmou Castro Lino. "Auxiliar palpitando ou com poder de decisão atrapalha." O sistema é experimental. No mastro da bandeira, o auxiliar de linha tem um botão. Ao apertá-lo, um cartão que o árbitro carrega no bolso da camisa emite um som. O objetivo é chamar a atenção do árbitro para a marcação de impedimentos, substituições etc. Usualmente, isso é feito só com a bandeira erguida. Mas, muitas vezes, de costas, o juiz não vê. Pereira da Silva disse que o cartão emite o sinal num volume muito baixo. "O árbitro deveria levar um fone no ouvido para ouvir." No jogo entre Argentina e Chile, anteontem, ele só ouviu o bip uma vez. "Só eu apertei quatro", afirmou Castro Lino. Em abril, será testado outro sistema. O bandeirinha carregará um microfone na colarinho e falará ao juiz. Hoje, eles só passam o bip. "Sou contra", disse Pereira da Silva. "Se uma pessoa apitando já é complicado, imagina três." O sistema experimental já causou problema num jogo (não se sabe qual) do Pré-Olímpico. O juiz ouviu o bip e viu a bandeira levantada, mas não concordou com a marcação de impedimento. Irritado, o bandeirinha continuou bipando sem parar. Amanhã, os árbitro do Pré discutirão um problema prosaico apontado por Castro Lino. "Há muitos defensores passando a mão nas nádegas dos atacantes e fazendo com o dedo o que não devem", contou. (MM e MD) Texto Anterior: O JOGO Próximo Texto: E daí que nunca vencemos a Olimpíada? Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |