São Paulo, quinta-feira, 22 de fevereiro de 1996
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Banda sueca faz reciclagem do pop com hip-hop e música ambiente

MARCEL PASSE
ESPECIAL PARA A FOLHA

Whale pode ser descrito como mais uma banda sueca com uma bonitinha no microfone. Mas Roxette e Ace of Base, Whale não é.
Obcecada por sexo, a vocalista Cia Berg já foi de bandas punk (da Ubangi, por exemplo) e já apresentou um programa de música pop na TV sueca.
Seu estilo é bem inglês, com vocal balbuciado, sussurado e perfeito para o trip-hop (tendência que mistura hip-hop e música ambiente) do álbum "We Care".
O que Cia Berg diz, quase direto no ouvido, é mesmo de arrepiar, tipo "Quero traçar Sarah Cracknell em seu Túnel do Canal". Uma idéia do resto do disco "We Care" pode ser tirada pelo título de "Young Dumb N'Full of Cum" (jovem boba e cheia de porra), que tem participação de Tricky, o rei do trip-hop.
"We Care" é uma daquelas coisas raras: um disco de estréia quase sem faixas fracas. Há samplers de filmes, como no trabalho do Portished, guitarrinhas que ecoam o espírito de Eddie Hazel, rapa sobre hard rock dos anos 70 e heavy metal fantasmagórico.
Whale leva jeito para a coisa. Mas representa mais a reciclagem pop do que a originalidade da estréia de Tricky, que liderou as listas inglesas de melhor artista, produtor e álbum de 1995.

Disco: We Care
Artista: Whale
Preço: R$ 20 (o CD, em média)

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