São Paulo, quinta-feira, 22 de fevereiro de 1996
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Astro do filme é protegido de Steven Spielberg

DANIELA FALCÃO
DE NOVA YORK

Aos 34 anos de idade, o ator George Clooney, um dos protagonistas de "Um Drink no Inferno", é um dos maiores fenômenos recentes do show bizz americano.
Além de fazer o pediatra Doug Ross, personagem mais adorado da série "Plantão Médico" (que é a campeã de audiência nos EUA), Clooney assinou dois contratos de US$ 3 milhões para fazer filmes no verão de 1996, durante as férias da gravação do seriado.
Não bastasse isso tudo, Clooney é ainda o novo protegido do diretor Steven Spielberg, que fez questão de convidá-lo pessoalmente para protagonizar seu próximo longa, "The Peacemaker", filme de ação sobre o contrabando de armas nucleares.
Clooney só ficou famoso na virada de 1994 para 1995, mas ele é um ator veterano. Antes da explosão de "Plantão Médico", ele amargou dez anos de uma carreira medíocre, em séries de TV que raramente passavam do terceiro episódio.
Como o próprio Clooney gosta de dizer, antes de virar o pediatra-galã Doug Ross, ele era o mais rico ator desconhecido dos EUA.
Filho de Nick Clooney -um apresentador de talk show que nunca conseguiu fazer sucesso- e sobrinho da cantora Rosemary Clooney -cuja carreira teve mais baixos do que altos- George afirma o tempo todo que sabe que a fama é passageira e que continua com os pés no chão.
"Fui criado numa família católica de origem irlandesa. Minha vida foi muito feijão com arroz. Sei que o sucesso dura pouco e que conseguir ficar 30 anos por cima como Paul Newman é quase um milagre", disse Clooney em entrevista recente.
Talvez por ter assistido de perto exemplos como o de seu pai e tia, Clooney tem trabalhado como um louco nos últimos meses, aproveitando seus minutos de fama.
Em junho, quando começam as férias dos atores de "Plantão Médico", ele continuará trabalhando. Primeiro, no filme "One Fine Day", uma comédia romântica sobre pais solteiros em que ele fará par com ninguém menos que Michelle Pfeiffer.
Logo depois, ele será dirigido por Spielberg em "The Peacemaker".
Apesar da carreira na telona ter deslanchado, Clooney garante que não pensa em abandonar a carreira na TV, como aconteceu com o ator David Caruso, que largou "Nova York Contra o Crime" assim que começou a fazer cinema.
Se depender das promessas de Clooney, as fãs de Doug Ross não têm com o que se preocupar.
"Em nove das dez entrevistas que dou, me perguntam se eu serei o próximo David Caruso. E sempre respondo que não. A diferença é que Caruso carregava o seriado. Já em 'Plantão Médico' eu sou apenas um a mais na equipe", afirmou Clooney.
(DF)

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