São Paulo, sábado, 24 de fevereiro de 1996
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Covas imobiliza verbas do Orçamento

GEORGE ALONSO

DA REPORTAGEM LOCAL

O governador de São Paulo, Mário Covas (PSDB), decidiu imobilizar R$ 1,899 bilhão da verba do Orçamento do Estado para 1996 (que é de R$ 31 bilhões).
O contingenciamento do uso de verba de custeio (manutenção) da máquina administrativa estatal é necessário, segundo o governo paulista, para conseguir equilibrar as contas do Estado.
O uso dessa verba depende agora de autorização expressa do governador.
A arrecadação de janeiro e fevereiro não foi a esperada e o governo reconhece que tem tido dificuldades para se adequar ao plano de estabilização econômica do presidente Fernando Henrique Cardoso.
Não é a primeira vez que Covas prefere fazer corte de custeio a recorrer às chamadas operações ARO (Antecipação de Receita Orçamentária).
Operação ARO é empréstimo bancário emergencial que o Estado faz para pagar suas contas, dando como garantia arrecadação futura de impostos. Os juros desses empréstimos são elevados.
Ao assumir o cargo de governador em janeiro de 1995, Covas também fez cortes de custeio, à época da ordem de R$ 3,2 bilhões do Orçamento herdado do governo Fleury (PMDB). Covas alegou, então, que recebera um Estado falido.

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