São Paulo, sábado, 24 de fevereiro de 1996
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Motoristas de ônibus param Belo Horizonte

PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

Os motoristas e cobradores de ônibus de Belo Horizonte e região metropolitana promoveram ontem a "operação linguição", para pressionar o sindicato patronal a reajustar os salários da categoria em 104%.
A operação tumultuou os principais corredores de trânsito da cidade. Na "operação linguição", os ônibus circulam em filas indianas, e a velocidade não ultrapassa 10 km/h.
A consequência é congestionamento e atraso nas viagens, já que os cruzamentos são bloqueados em vários pontos das ruas e avenidas.
Usuários do transporte coletivo não conseguiram chegar a tempo ao trabalho. Muitos desceram dos coletivos e continuaram o trajeto a pé ou tentaram pegar carona.
Viagens que duram normalmente 30 minutos estavam levando mais de duas horas.
A Polícia Militar reforçou o policiamento para evitar que os cruzamentos fossem fechados.
Até as 16h, a PM havia registrado dois ônibus depredados por passageiros revoltados.
As empresas concordaram com um reajuste de 22,39%, índice proposto pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho), mas os rodoviários recusaram.
Além dos 104%, eles querem redução da jornada de trabalho, atualmente de sete horas e vinte minutos, para seis horas e 40 minutos. Hoje, os motoristas recebem R$ 431,00 e os cobradores, R$ 215,00.

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