São Paulo, domingo, 25 de fevereiro de 1996 |
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Missa das Cinzas lota em São Paulo
AURELIANO BIANCARELLI; LÚCIA MARTINS
"Nas outras quartas-feiras, só os bancos centrais da igreja ficam ocupados", diz o monsenhor Arnaldo Beltrami, celebrante da missa e vigário episcopal da Arquidiocese de São Paulo. Não quer dizer que a Igreja tenha adotado o calendário do rei momo. "A Igreja segue o ano litúrgico, tem seu próprio ritmo." Padres, cardeais e assessores costumam tirar férias em janeiro. Na Quarta-Feira de Cinzas, quando começa a quaresma, a Igreja lança a Campanha da Fraternidade, que neste ano trata de fraternidade e política. Na cultura do catolicismo brasileiro -como diz o monsenhor- "as cinzas são vistas como uma morte para o egoísmo, para a violência e a desordem". Depois de dias de folia e excessos, o cristão recebe as cinzas da quarta-feira como uma espécie de perdão. Essa é a cultura popular. Para a Igreja, a quaresma "é uma esperança de vida nova", afirma monsenhor Beltrami. Entre aqueles que lutam contra outras tentações do mundo, o período de festas que vai do Natal ao Carnaval é uma fase de provação. Para os Alcoólicos Anônimos, grupos de auto-ajuda que se reúnem em todo o país, o Carnaval é o período de maior risco. Nessa época, os AA organizam "maratonas" de reuniões, para que um membro possa dar apoio ao outro. (AB e LM) Texto Anterior: 'Eu quero um 1996 diferente' Próximo Texto: Mulher madura encara sogra e preconceito Índice |
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