São Paulo, terça-feira, 27 de fevereiro de 1996
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Cérebro de idoso funciona melhor do que se pensava

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O cérebro dos idosos funciona melhor do que se pensava, segundo estudo do Hospital Geral de Boston (EUA) que deve ser publicado no próximo mês na revista norte-americana "Neurology".
Segundo o estudo, a morte das células nervosas, os neurônios, que começa em torno dos 20 anos, é compensada, provocando danos menores do que se pensava.
"Quando pessoas envelhecem em boas condições de saúde, as perdas não são tão graves", disse Marilyn Albert, uma das autoras do estudo.
Segundo ela, a perda de neurônios se localiza em áreas muito restritas do cérebro.
Os pesquisadores, que usaram técnicas de ressonância magnética, descobriram que há uma redução do cérebro de cerca de 10% entre os 20 anos e 70 anos, incluindo uma área conhecida como córtex cerebral.
O córtex é a camada mais externa do cérebro. Mas as funções do córtex passam, em alguns casos, a uma outra região, conhecida como lobo frontal.
"Estamos convencidos de que, em todo o cérebro, as conexões entre as células nervosas se mantêm e, por meio disso, as perdas são compensadas", disse Stanley Rapoport, do Instituto Nacional de Envelhecimento (EUA).
Segundo os cientistas, os idosos podem ser divididos em três grupos: os que ficam lúcidos até os 90 anos, os que têm alguma perda funcional (como memória), e os que sofrem de mal de Alzheimer.

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