São Paulo, sexta-feira, 1 de março de 1996 |
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Associação Comercial protesta contra shopping de camelô em Lins
LUIZ MALAVOLTA
O shopping começou a funcionar há duas semanas em um antigo armazém, alugado pela prefeitura por R$ 2.500 mensais da Cia. Bandeirantes de Armazéns, de São Paulo. O secretário municipal de Obras e Serviços, Anselmo Valverde Matos, 44, disse que a prefeitura gastou outros R$ 6.000 em obras de reforma do prédio. A iniciativa da prefeitura não tem o apoio da Associação Comercial e Industrial de Lins. O presidente da associação, Ederson Milaneze dos Santos, 44, disse que o shopping é uma "concorrência desleal". "Os camelôs não pagam nenhum imposto e, além disso, a prefeitura está usando dinheiro público para custear o shopping para eles trabalharem", afirmou. Matos confirmou que "por enquanto" é a prefeitura quem paga o aluguel do armazém. "Estamos estudando a implantação de uma taxa a ser paga pelos camelôs e uma forma para que eles possam assumir o custo do aluguel." Segundo Matos, a iniciativa de implantar o shopping de camelôs foi do prefeito Roberto Pires (PMDB). A Agência Folha não conseguiu falar ontem com Pires, que estava viajando. "Há uma lei municipal que proíbe ambulantes nas ruas. A lei, no entanto, sempre foi desrespeitada. Agora, queremos fazer a lei valer", afirmou Matos. Segundo o secretário, 140 ambulantes foram cadastrados para receber as áreas do shopping. Houve um sorteio dos espaços. Na parte interna do armazém, foram distribuídos 63 boxes. Na parte externa, outros 38. O presidente da Associação Comercial disse que considera um "absurdo e um flagrante desrespeito" o funcionamento de bancas que vendem produtos contrabandeados, principalmente cigarros. "Se na minha loja eu vender produtos contrabandeados, serei autuado e processado, mas os camelôs da prefeitura ficam impunes." Texto Anterior: Perguntar ofende; Viagem encurtada; bianca Castafiore Próximo Texto: Juiz da Paraíba é afastado por preguiça Índice |
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