São Paulo, sexta-feira, 1 de março de 1996
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Fiat contrata 1.631 funcionários em 3 meses e chega a 19.801 empregados

ARTHUR PEREIRA FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

A Fiat vai contratar até o final do mês mais 660 trabalhadores para a linha de produção do Palio, carro mundial da marca que será lançado em abril.
No total, a Fiat vai contratar, em três meses, 1.631 funcionários. Isso representa aumento de 9% no nível de emprego, em comparação com o final de 95. A montadora, que tinha 18.170 empregados, terá, a partir de abril, 19.801.
"Enquanto os outros demitem, nós estamos contratando", diz Cledorvino Belini, diretor-geral da Fiat Automóveis.
Há dez dias, a Mercedes-Benz anunciou a demissão de 1.200 trabalhadores em sua fábrica de ônibus em Campinas (SP). Outros 1.600 haviam sido demitidos na fábrica de São Bernardo, em setembro do ano passado.
A Ford efetuou cerca de 1.400 demissões voluntárias em 95 e a empresa diz que ainda tem excedente de pessoal. A GM também demitiu cerca de mil empregados no ano passado.
Belini diz que a abertura de vagas na fábrica de Betim (MG) é necessária por causa do aumento de produção a partir de abril.
"Vamos dar um salto de 1.580 para 1.900 carros completos por dia", conta Belini.
A Fiat está investindo US$ 1 bilhão na ampliação da fábrica, que será a primeira a produzir o carro mundial da marca. "Fizemos uma fábrica dentro de outra", diz.
Até o final do ano a Fiat espera chegar a 2.000 carros produzidos por dia. "No final de 97 vamos estar fabricando 1.500 Palio por dia", conta Belini.
Belini afirma que a montadora precisa contratar para aumentar a produção porque é "uma empresa enxuta". Ele diz que a produtividade da montadora atinge 47,5 carros por empregado por ano, acima da média nacional.
Números da montadora indicam um crescimento constante do nível de emprego nos últimos anos. Em 90, a Fiat tinha 12.586 funcionários. Terminou 95 com 18.170, um acréscimo de 44,3%. No mesmo período, a indústria automobilística brasileira registrou queda de 8,8% no nível de emprego.
A Fiat, diz Belini, não gerou apenas empregos diretos no período. O programa de "mineirização", que incentiva a instalação de fornecedores em área próxima à fábrica, foi responsável, de 92 a 95, pela criação de 10.276 empregos e por investimentos feitos por cerca de 70 empresas, que chegam a US$ 397 milhões.

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