São Paulo, sexta-feira, 1 de março de 1996
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'Bom Dia' vai do sonho ao real

INÁCIO ARAUJO
DA REDAÇÃO

"Bom Dia, Babilônia" (Telecine, 21h) é um filme até certo ponto desprezado dos irmãos Paolo e Vittorio Taviani. Mas, para quem ama o cinema, tem um endereço certo: evoca o trabalho de ninguém menos que D.W. Griffith no seu clássico "Intolerância", de 1916, e o faz por um viés inesperado.
Os protagonistas do filme são dois artesãos italianos que colocam o gosto de seu país a serviço do filme: são encarregados de conceber e edificar algumas das figuras que fazem parte de "Intolerância".
Griffith aparece quase como um comparsa. Mas sua presença está em todos os detalhes, no trabalho insano, na exigência de perfeição.
"Bom Dia, Babilônia" não é apenas uma homenagem àquele que foi, talvez, o mais importante cineasta de todos os tempos.
É, antes de tudo, uma bela ficção (com valor documental) sobre a insânia que consiste em transformar idéias em imagens e o sonhado em real. Ou seja, em fazer cinema.
(IA)

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