São Paulo, domingo, 3 de março de 1996
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Real perde para Cruzado em gasto social

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Quando o assunto é investimento na área social, o governo federal costuma dizer que a implantação do Real é, por si só, a grande obra em favor dos mais pobres. O dossiê que Folha publica nas páginas seguintes revela que, embora os benefícios da moeda estável sejam evidentes, o governo federal prefere não falar que, em seu primeiro ano, destinou para a educação e a saúde menos do que foi gasto em 1988 e 1989, durante o mandato do presidente José Sarney.
Em 1988, foram destinados US$ 18,9 bilhões para as duas áreas. Em 1989, 19,8 bilhões. FHC, no ano passado, gastou 17,8 bilhões com educação e saúde, ainda que, em relação a 1993, os recursos para o primeiro item tenham aumentado 24% e os aplicados no segundo, 17,3%.
O governo não conseguiu, também, superar a ineficiência de sua máquina. A burocracia continua impedindo que os investimentos aconteçam. Em 1995, estavam programados contratos de R$ 1,9 bilhão no setor de habitação e de R$ 895 milhões no de saneamento. O programa Pró-Moradia investiu apenas R$ 61,9 milhões e o Pró-Saneamento, R$ 36,4 milhões.

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