São Paulo, domingo, 3 de março de 1996
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Dinheiro vai para os mais ricos

DA REDAÇÃO

Estudo do Banco Mundial revela que, no Brasil, enquanto os 20% mais pobres ficam com 15% dos gastos sociais, os 20% mais ricos levam 21%, informa o colunista Celso Pinto.
Para acabar com os 24 milhões de brasileiros que vivem abaixo da linha da pobreza, ou 17,4% da população, em 90, não basta gastar mais. É preciso fazer o dinheiro chegar aos pobres.
Os números utilizados pelo Banco Mundial guardam algumas diferenças em relação aos levantados pela Folha no dossiê que se segue.
Eles se referem ao total dos gastos públicos -não apenas os federais- e foram finalizados com convenções diferentes das adotadas para a comparação do governo de FHC com o de Sarney.
A Folha utilizou trabalho encomendado pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) ao Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), que relaciona o gasto social entre 86 e 93.
O jornal obteve no Siafi (Sistema Integrado de Administração Federal) os gastos de 95 nas áreas de saúde, educação e cultura. Para efeito de comparação com o estudo do Ipea, os valores de 95, em reais, foram inicialmente convertidos em cruzeiros reais (multiplicando-os por 2.750) e deflacionados para cruzeiros reais médios de 93 com base na variação do IGP-DI da Fundação Getúlio Vargas.
Para transformação em dólares, o valor encontrado foi dividido pelo dólar médio de 1993 (CR$ 88,47) utilizado no estudo.

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