São Paulo, domingo, 3 de março de 1996 |
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110 lançamentos 'aquecem' SP em 96
RODRIGO AMARAL; JOÃO LUÍS COSTA
Levantamento da Folha apurou 110 lançamentos para 96, a maioria prevista para o primeiro semestre (veja arte à página 7-5). Esse número é significativo porque praticamente não são lançados novos empreendimentos em São Paulo desde julho do ano passado. Naquele mês, teve início a crise gerada pela MP 1.053, que proibiu a cobrança do resíduo inflacionário dos contratos de venda. Em outubro, o governo liberou a volta do resíduo. Mesmo assim, a recuperação tem sido lenta. Por esse motivo, um otimismo moderado dá o tom do que as construtoras esperam para este ano. " O mercado tem potencial, mas falta financiamento", diz Sílvio Bussab, 50, diretor de operações da construtora Boghosian. "Se até junho as vendas não melhorarem, não vamos lançar mais nada", diz Gerson Luiz Bendilati, 38, diretor da construtora Inpar. Entre 29 de maio e 2 de junho, por exemplo, o setor prepara a terceira edição do Salão do Imóvel de São Paulo, onde sempre são realizados diversos lançamentos. Seguindo a tendência dos últimos anos, a maior parte dos lançamentos deverá ser dos chamados "três dormitórios compactos". São apartamentos voltados para famílias de classe média, que precisam de diversos cômodos mas não podem comprar imóveis com áreas maiores. Suas áreas ficam entre 65 m² e 100 m². Os preços giram em torno de R$ 100 mil. A "raça em extinção" do mercado imobiliário é o apartamento de um dormitório. Apenas oito lançamentos têm unidades desse tipo. RODRIGO AMARAL e JOÃO LUÍS COSTA Texto Anterior: Financiamento é grande 'vilão' Próximo Texto: Mercado investe nas zonas oeste e sul Índice |
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