São Paulo, segunda-feira, 4 de março de 1996
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Combustível esquenta beleza de Caracas

KATIA CANTON
ESPECIAL PARA A FOLHA, DE CARACAS

No país, com R$ 1,85 se enche o tanque Incrustada no meio de um vale, quase mil metros acima do nível do mar, Caracas tem o privilégio de ter, ao norte, o Parque Nacional Ávila, reserva ecológica do país.
Capital da Venezuela, a cidade parece um oásis de cultura, um centro de Primeiro Mundo localizado no topo da América do Sul.
Produtora de petróleo, a Venezuela esbanjou obras e ostentações culturais, sobretudo desde 1973, quando os países da Opep quadruplicaram o preço do petróleo.
Até hoje, a companhia Pedeveza (Petróleo de Venezuela) produz 2,1 milhões barris por dia, consome 400 mil no país e exporta o resto, o que daria um excedente digno de uma economia com subsídios.
Devido ao endividamento público e a falta de uma indústria significativa, a Venezuela vive um contraste entre luxo e crise econômica.
A riqueza cultural e arquitetônica de Caracas é flagrante. No centro, viadutos e passarelas terminam em praças recheadas de obras de arte.
A cidade possui um sistema de metrô eficiente, inaugurado em 1978. O projeto de arte no metrô é baseado no que se fez no Brasil.
Carimbada pela arquitetura modernista de Carlos Raúl Villanueva (1900-1975) -maior arquiteto venezuelano- a cidade tem obras que estão para se tornar patrimônio histórico pela Unesco.
Uma delas é a Universidade Central da Venezuela, em Caracas. Ela começou a ser edificada em 1948 e levou 30 anos para ficar pronta. Incorpora obras de Fernand Léger, Mateo Manaure, Victor Vasarely e esculturas de Jean Art e Jesus Sotto.

LEIA MAIS
sobre a Venezuela nas págs. 6-12 a 6-15

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