São Paulo, quarta-feira, 6 de março de 1996 |
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ACM e Suassuna trocam socos no Senado
MARTA SALOMON; LUCAS FIGUEIREDO; CARI RODRIGUES
A briga começou quando ACM reclamou da forma como Suassuna conduzia a sessão, que teria sido combinada na véspera com o próprio Loyola. "Não sou homem de acerto", reagiu Suassuna. "Mas é de roubar", investiu ACM. "Isso é o senhor. O senhor me respeite", revidou Suassuna. Foi o ponto em que ACM partiu para a agressão física. Desferiu um soco no colega, sem conseguir acertar. Ao escapar da mira de ACM, Suassuna tentou revidar. Ao ser contido por outros parlamentares, seus os óculos caíram no chão. Outros senadores que estavam por perto intervieram. "Estamos nervosos, vamos deixar isso por aqui", relevou Suassuna minutos depois. Essa é a segunda vez nesta semana que ACM provoca brigas no plenário do Senado. Anteontem, ameaçou agredir o senador Pedro Simon (PMDB-RS), que havia criticado sua postura à frente da comissão de investigação do Sistema de Vigilância da Amazônia. A insatisfação dos baianos foi motivo de outro bate-boca. O senador Waldeck Ornelas (PFL-BA), ligado a ACM, teve o microfone fechado por Suassuna quando reclamava insistentemente o direito do PFL baiano de questionar Loyola. Tropa de choque Antes de fazer a primeira pergunta do dia, o deputado Milton Temer (PT-RJ) provocou o deputado Arthur Virgílio (PSDB-AM), que comandava uma espécie de "tropa de choque" governista. Temer chamou Virgílio de "capacho" e "subalterno". "É o senhor", revidou Virgílio. Terminada a sessão de depoimento, a deputada Maria da Conceição Tavares (PT-RJ) discutiu com o diretor de Política Econômica do BC, Francisco Lopes sobre suposta falta de reserva monetária para lastrear a crise do Nacional. "Eu já estou de saco cheio", respondeu Lopes à deputada. MARTA SALOMON, LUCAS FIGUEIREDO e CARI RODRIGUES Texto Anterior: Abertura de CPI é dificultada Próximo Texto: Advogado diz que BC sabia dos problemas Índice |
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