São Paulo, quarta-feira, 6 de março de 1996
Texto Anterior | Índice

Designers aprovam nova letra da Folha

DA REPORTAGEM LOCAL

As letras adotadas pela Folha em seu novo projeto gráfico foram elogiadas por especialistas.
O jornal ouviu designers que participam do "Panamericana 96 Graphic Design", aberto anteontem à noite. Todos acharam que o novo tipo de letra, desenvolvido especialmente para a Folha, deixou o jornal mais claro e fácil de ler.
"Gosto do novo tipo, é pouco comum e muito mais limpo e claro. Fica mais fácil de ler", disse o designer norte-americano Paul Davis, 58.
"Esta tipografia (tipo de letra) é muito melhor.Funciona em todas as escalas, tanto nos corpos maiores como nos menores", disse o suíço Steff Geissbuhler, 53, ao comparar um exemplar do jornal anterior com outro posterior à reforma gráfica.
Também para o brasileiro João Baptista Aguiar, 48, "a leitura ficou mais fácil, as coisas específicas são logo visualizadas". O designer carioca Felipe Taborda, 39, considera o novo tipo de letra "excepcional".
O cenógrafo e designer Gringo Cardia, 39, disse que acha o novo logotipo mais bonito e que "a diagramação geral parece mais limpa". Todos os profissionais acharam que o jornal também ficou mais leve.
"A Folha conseguiu fazer um jornal moderno, sem ser modernoso. Ficou claro, novo, confiável. Dá uma boa imagem da notícia que você recebe", disse Aguiar.
Os profissionais elogiaram também o uso da cor. "Gosto da idéia de cada seção ter sua cor", disse Paul Davis. "A cor está bem usada nas vinhetas para sinalizar os textos", disse Geissbuhler.
Os dois profissionais estrangeiros criticaram, porém, o uso das cores nos cabeçalhos dos cadernos. Para eles, o logotipo "Ilustrada", por exemplo, sobre um fundo colorido mais claro "perde a força".
Tanto Davis como Geissbuhler disseram que o logotipo ganharia força se fosse preto sobre um fundo colorido, ou colorido sobre um fundo branco. "A mistura de tons funciona mais em revistas. No jornal as cores devem ser mais fortes e mais definidas", disse Geissbuhler.
Os dois consideram melhores os cabeçalhos antigos dos cadernos. "Tinha mais espaço. Nestas caixas novas há muita informação e muitas cores. Elas ficam congestionadas", disse Geissbuhler. "É muita coisa acontecendo ao mesmo tempo aqui", disse Davis.
Davis chamou a atenção para o uso das fotos no novo projeto gráfico: "Estas fotos grandes estão muito bem. O 'The New York Times', que é um jornal velho do ponto de vista gráfico, está investindo em fotos maiores e mais dramáticas ou dinâmicas de uns anos para cá e tem funcionado muito."

LEIA MAIS sobre o Panamerican 96 Graphic Design na Ilustrada

Texto Anterior: Cor sobrecarrega a produção
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.