São Paulo, quarta-feira, 6 de março de 1996
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Bauru testa chupeta anticárie neste mês

DA AGÊNCIA FOLHA

Uma chupeta anticárie começará a ser testada a partir do próximo dia 20 em 400 crianças de 0 a 2 anos em uma creche-berçário de Bauru (345 km a noroeste de São Paulo).
A chupeta, desenvolvida na Universidade de Zurique (Suíça), traz no bico um comprimido à base de xilitol (espécie de açúcar) e flúor, substâncias que combatem o Estreptococos mutans, bactéria que provoca cárie.
O comprimido se dissolve e é absorvido pela criança por meio de microporos existentes no bico da chupeta.
A chupeta será testada à noite, quando as crianças estiverem dormindo.
A chupeta foi trazida para o Brasil pelo professor José Roberto de Magalhães Bastos, 48, da Faculdade de Odontologia de Bauru, da USP (Universidade de São Paulo). Ele também colabora no desenvolvimento do projeto.
Contaminação
Segundo Bastos, a fórmula não tem contra-indicação e tem o objetivo de evitar que a criança seja contaminada pelo Estreptococos mutans até os 2 anos de idade.
A contaminação, normalmente, é feita pela mãe, por meio do beijo.
Bastos disse que, se a criança não for contaminada pela bactéria até os 7 anos, ela terá um índice de cárie próximo a zero na fase adulta.
Bastos afirmou que, no Brasil, o comprimido deverá ter sabor de banana, fruta tropical e de acesso mais fácil a crianças de famílias de baixa renda.
Segundo ele, o teste também deve indicar se o comprimido será dissolvido com facilidade durante o uso da chupeta ou se terá de sofrer modificações para ser mais facilmente absorvido.

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