São Paulo, quinta-feira, 7 de março de 1996 |
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FHC afirma que CPI é "inconveniente" Presidente critica abertura da investigação DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O presidente Fernando Henrique Cardoso disse ontem, por intermédio do porta-voz Sergio Amaral, que a CPI do sistema financeiro é "extemporânea" porque será simultânea à investigação do Banco Central e "inconveniente" porque poderá criar instabilidade, insegurança e risco no mercado.FHC não criará obstáculos aos trabalhos da comissão, caso ela seja instalada efetivamente, disse Amaral. Segundo ele, o presidente vai fornecer os dados necessários ainda que avalie haver riscos. Segundo Amaral, FHC considerou "política" a decisão de instalar a CPI, porque não haveria nesse momento justificativa técnica ou objetivo para ela. O porta-voz também disse que a comissão desviará o "foco de atenção das reformas". Sergio Amaral disse que o presidente esperava que o Congresso só decidisse pela instalação da CPI após a conclusão da investigação do BC sobre fraudes no Nacional, se ela não atendesse à expectativa. Ele disse que o mercado financeiro está se comportando até agora de forma tranquila. FHC recebeu com preocupação a notícia sobre a criação da CPI e dedicou todo o dia aos acompanhamentos da crise. Ele interrompeu duas vezes uma audiência com cinco sindicalistas chineses e o presidente da Força Sindical, Luiz Antônio Medeiros para atender telefonemas. Segundo Medeiros, FHC também afirmou estar preocupado com o que estava acontecendo no Senado (onde 29 parlamentares aprovaram a instalação da CPI). Segundo Amaral, FHC viu com "tranquilidade" a decisão. Segundo o presidente da Fiesp, Carlos Eduardo Moreira Ferreira, "há a preocupação que a CPI imobilize o Congresso". Texto Anterior: Senado volta a ser cenário de bate-boca Próximo Texto: ACM responsabiliza colega por agressão Índice |
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