São Paulo, quinta-feira, 7 de março de 1996 |
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Escola procura reduzir trauma
ANDRÉ LOZANO
As escolas onde elas estudam passaram a desenvolver programas especiais para tentar recuperá-las emocionalmente. Segundo a coordenadora da escola Vésper Estudo Orientado, Nívea Gomes Basile, o caso mais traumático aconteceu com um aluno de 12 anos que está cursando a 7ª série do 1º grau. "Desde que recebeu a notícia da morte dos Mamonas Assassinas, esse aluno não consegue mais se concentrar nas aulas e permanece calado", afirmou Basile. A coordenadora disse que o aluno traumatizado sempre foi um jovem comunicativo e que se dá bem com os colegas e professores. "Diante desse quadro, estamos estudando uma orientação específica para esse aluno. Em um primeiro momento, vamos convidá-lo para fazer um desenho sobre o que aconteceu no domingo (dia em que foram encontrados os corpos). Depois, pediremos uma redação. Durante essas atividades, estaremos mostrando para o aluno que a morte é natural", disse. Para o psicanalista Bernardo Tanis, a morte dos Mamonas Assassinas tomou uma dimensão maior para as crianças porque representou a morte de seus ídolos. "As crianças vêem seus heróis como imortais. É importante que os pais conversem com os filhos traumatizados nesse episódio para explicarem que eles eram pessoas como a gente, portanto, vulneráveis", afirmou Tanis. Texto Anterior: Torre aceitou rota do avião do Mamonas Próximo Texto: FHC vai propor pena maior para estupro Índice |
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