São Paulo, quinta-feira, 7 de março de 1996 |
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Lojas de rua sobrevivem a shoppings Comércio abre novas unidades MÁRCIA DE CHIARA
Essa é a principal conclusão de um estudo realizado pelo Programa de Varejo (Provar) da Universidade de São Paulo, em janeiro deste ano. Na pesquisa, foram consultados os dirigentes de oito cadeias do varejo, com 2.348 lojas espalhadas pelo país. Juntas, essas companhias respondem por um faturamento de US$ 1 bilhão -ou 1% das vendas do comércio. Os lojistas consultados admitiram que as lojas da rede instaladas em shoppings faturam mais por metro quadrado do que as localizadas em ruas comerciais. Mas, segundo José Augusto Silveira, vice-coordenador do Provar, a loja de rua ainda é muito importante para as cadeias de varejo, porque funciona como um chamariz de vendas. É que, normalmente, primeiro o consumidor verifica o preço da mercadoria que quer comprar na loja de rua. Só depois vai para a filial da mesma rede no shopping, onde acaba comprando. Isso porque o consumidor constata que, na maioria das vezes, os preços das lojas da mesma empresa localizadas nos shopping e nas ruas de comércio são iguais. Para a maioria das empresas consultadas, a localização das lojas em shopping só faz sentido nas cidades com uma população superior a 200 mil habitantes. Isso significa, diz Silveira do Provar, que o comércio tradicional ainda tem muita importância na maioria das cidades. "As lojas de rua têm prestígio no interior." Até mesmo nas grandes metrópoles, prevê ele, o comércio de rua tem lugar garantido. Segundo Silveira, corredores comerciais especializados, como os das ruas da Consolação (iluminação) e Teodoro Sampaio (móveis), em São Paulo, não devem ser atropelados por shoppings de decoração. A pesquisa mostra também que o modelo de comércio nos shoppings, esgotado em outros países, ainda dispõe de muito espaço para ser explorado no Brasil. (MCh) Texto Anterior: Recurso externo na Bovespa cai 60,5% Próximo Texto: Bruno Blois entra com pedido de concordata Índice |
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