São Paulo, quinta-feira, 7 de março de 1996
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Bruno Blois entra com pedido de concordata

DA REPORTAGEM LOCAL

A Bruno Blois, tradicional loja de eletrônicos e CDs do centro paulistano, entrou com pedido de concordata na 35ª Vara Cível de São Paulo na última terça-feira.
A queda de até 60% nas vendas de suas duas lojas em fevereiro foi a gota d'água que faltava, informa Bruno Blois Filho, 48, proprietário.
"O faturamento de R$ 300 mil por mês das duas lojas caiu para R$ 130 mil em fevereiro."
Ele conta que há alguns anos a Bruno Blois está tentando se adaptar ao mercado mais fraco.
A dívida da empresa junto aos fornecedores, diz, é da ordem de US$ 500 mil. "Temos dois anos para saldá-la, mas queremos pagar tudo o mais rápido possível."
Uma das razões para as vendas terem despencado, conta Blois Filho, é o fato de a loja não financiar as compras. "Vendemos em no máximo três vezes."
A Bruno Blois suspendeu a compra de mercadorias. "O que temos dá para trabalhar mais 25 dias."
"Vender a Bruno Blois?, nem pensar", diz. A loja foi fundada em 1957 pelo seu pai. O filho toca os negócios e prepara a filha Paula, 21, para sucedê-lo.
Ele lembra quando a loja era uma rede, com 190 empregados. "Hoje são apenas 22 e podem ser menos, se o mercado não reagir. Mas sou otimista, vamos nos recuperar."

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