São Paulo, sexta-feira, 8 de março de 1996
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Servidor do Itamaraty é preso acusado de explosão de bomba

Nome de suspeito de atentado é mantido em sigilo

ABNOR GONDIM
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Polícia Federal prendeu ontem um funcionário do Itamaraty (Ministério das Relações Exteriores) acusado de ter enviado a livro-bomba que feriu em outubro de 1995 a diplomata Andréa David.
A prisão foi efetuada com base em provas de impressões digitais obtidas por meio de exames realizados pelo Instituto Nacional de Criminalística nos restos do livro coletados após a explosão.
O nome do acusado não foi divulgado pela PF. Segundo investigações da polícia, o atentado teria sido planejado por divergências pessoais com a diplomata. Andréa chefiava o setor de assuntos previdenciários do Itamaraty.
A prisão foi efetuada no momento em que funcionários do Ministério das Relações Exteriores eram ouvidos. Quando chegou a vez do agora acusado, a PF lhe deu voz de prisão. Ele está detido na Superintendência do Distrito Federal.
O presidente do inquérito que apura o atentado, o delegado Carlos Alberto Lasserre, se negou a prestar qualquer informação.
A Folha apurou que a PF ainda trabalha com a possibilidade de envolvimento do acusado com o ex-funcionário do Itamaraty Jorge Mirândola, que foi apontado horas depois da explosão como o principal suspeito, embora nada se tenha provado contra ele.
A bomba feriu a diplomata no rosto e nas mãos. Ontem, o marido da diplomata, Léo David, disse que desconhecia a prisão e informou que ela está em férias nos EUA.
O diretor-geral da PF, Vicente Chelotti, determinou completo sigilo a respeito do caso para evitar a trapalhada como na prisão de Mirândola.

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