São Paulo, sexta-feira, 8 de março de 1996
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Para ministro, TCU prejudicou a Vale

Tribunal é acusado de atrapalhar estatal em leilão

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O TCU (Tribunal de Contas da União) pode ter contribuído para a derrota da Companhia Vale do Rio Doce no leilão da Malha Oeste da Rede Ferroviária Federal, na terça-feira. A opinião é de Fernando Gonçalves, ministro do TCU.
O ministro Carlos Átila, também do TCU, havia determinado a formação de um processo contra a participação da Vale no leilão.
Na opinião de Átila, por ser uma estatal, a Vale depende de autorização do Congresso Nacional para participar do capital de outra empresa, como prevê a Constituição.
O ministro Gonçalves diz que a Vale que não participaria diretamente do leilão, mas uma de suas controladas, a Tucumã Mineração, que não depende de autorização.
Segundo Gonçalves, grupos "fortes" deixaram de atuar junto à Vale devido à decisão do TCU.
Gonçalves quer que o plenário do TCU firme de uma vez por todas um entendimento sobre o tema.
Ele disse também que concorda "inteiramente" com a tese levantada pelo ex-ministro da Justiça Saulo Ramos, em artigo publicado quarta-feira pela Folha.
Ramos argumenta que a Tucumã é uma empresa privada e que o TCU não poderia impedi-la de participar do leilão.
O presidente do TCU, Marcos Vilaça, e o ministro Carlos Átila foram procurados pela Folha mas não quiseram se pronunciar.

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