São Paulo, sexta-feira, 8 de março de 1996
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Falta treino, diz controlador

GEORGE ALONSO
DA REPORTAGEM LOCAL

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Proteção ao Vôo, que congrega os controladores de vôo, denunciou ontem a falta de treinamento, em simulador, para enfrentar situações de emergência.
"Desde meados de 1995, pedimos ao Ministério da Aeronáutica treinamento. Não existe reciclagem. E o controlador de vôo tem de tomar decisões em segundos. Se não forem tomadas medidas sérias, poderão ocorrer tragédias maiores", disse o diretor Rui Ciarline. Além disso, muitos têm só noções básicas de inglês. "Quem fala, é porque fez por conta própria."
Um controlador ganha, em média, R$ 1.000 e faz de seu trabalho um "bico". O requisito escolar é de 1º grau (ao militar) e 2º grau (civil).
Ciarline admitiu que pode haver complacência do controlador em certas situações, como a do acidente com os Mamonas Assassinas.
Mas lembrou que no país não há sistema de co-responsabilidade entre controlador e piloto. "O controlador tem pouca autonomia em relação ao piloto." Ele reclama a inclusão dos controladores em comissões de apuração de acidentes.

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