São Paulo, sexta-feira, 8 de março de 1996
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Juros e prazo devem puxar as vendas

FÁTIMA FERNANDES
MÁRCIA DE CHIARA

FÁTIMA FERNANDES; MÁRCIA DE CHIARA
DA REPORTAGEM LOCAL

Lojas contam com melhor desempenho

Grandes redes de lojas apostam que a venda de eletrônicos, eletrodomésticos e móveis vai dar um salto neste mês. É que a redução dos juros e o aumento dos prazos de pagamento devem incentivar o consumidor a ir às compras.
A rede de lojas Arapuã, por exemplo, acaba de anunciar um novo corte nos juros.
Desde ontem, a taxa varia de 6% a 8% ao mês e depende do prazo de financiamento. Antes, os juros eram fixos em 8% ao mês, independente do prazo de pagamento.
Para usufruir da taxa mais baixa, de 6% ao mês, o cliente tem de parcelar a compra em 24 prestações.
"Com o plano de juros progressivos estamos querendo mostrar aos clientes que a tendência é a de os juros caírem no mercado", afirma João Alberto Ianhez, diretor.
Para Ianhez, as vendas neste mês devem superar as de março de 95.
Desde o dia 1º de março o magazine Eletro reduziu em um ponto percentual -de 10% para 9% ao mês- os juros do crediário. Além disso, ampliou os prazos de pagamento para 18 vezes. Até fevereiro, só parcelava em 12 vezes.
Alexandre Bossolani, diretor, diz que o prazo maior deve atrair um grupo novo e grande de clientes.
A perspectiva de juros menores faz com que mais redes programem nova rodada de cortes.
A Lojas Cem deve reduzir em até dois pontos percentuais os juros a partir do final deste mês e esticar o prazo para até 15 vezes.
O Magazine Luiza é outra rede que planeja cortar os juros. Eldo Moreno, diretor, conta que ontem a diretoria da rede estava reunida para analisar a iniciativa.
No Ponto Frio, os juros podem cair mais, diz Albert Arar, diretor.
Por conta disso, as vendas da empresa devem ser 4% a 5% maiores do que as de março de 1995.
No Mappin, a expectativa também é de queda de juros. Hoje, a empresa, que vende em até dez pagamentos e cobra juros de 10% ao mês, estuda corte nas taxas, diz Sérgio Orciuolo, diretor.

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