São Paulo, sexta-feira, 8 de março de 1996
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F-1 começa temporada imprevisível

1º grid de 96 sai à noite

JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
DA REPORTAGEM LOCAL

Após anos convivendo com favoritos absolutos, a F-1 celebra neste fim-de-semana, na Austrália, a temporada mais imprevisível de sua história recente.
A prova de abertura do Mundial, que acontece no Albert Park, em Melbourne, está recheada de interrogações, a começar pelo próprio circuito, novo no calendário.
A pista de mais de cinco quilômetros provocou surpresas no treino extra realizado anteontem e a ira dos grupos ambientalistas (leia textos nesta página).
O grid para a corrida será decidido a partir das 23h de hoje, no horário brasileiro (13h de amanhã, em Melbourne), numa única sessão classificatória.
A abolição dos treinos oficiais de sexta foi um pedido das emissoras de TV que cobrem a categoria, preocupadas em garantir a audiências das sessões de sábado. Mesmo assim, a TV Globo, detentora dos direitos da F-1 no Brasil, anuncia apenas um compacto do treino australiano, a partir de 0h45.
Não só por alterar a estratégia das equipes, que terão uma única sessão de 60 minutos para compor o grid, esse primeiro treino oficial do ano tem grande importância.
É dele que poderão sair os primeiros esboços do confuso equilíbrio de forças que a categoria apresenta neste início de temporada.
Na Williams, time com melhor equipamento, a dúvida é se Damon Hill soube apreender as lições de dois vice-campeonatos consecutivos e terá calma e habilidade para obter o título.
Seu companheiro Jacques Villeneuve, campeão da Indy em 95, tem a missão de se adaptar à categoria. Um bom desempenho na primeira prova o elevaria não só à condição de favorito, mas também à porta da galeria de heróis da F-1.
Na Ferrari, nem o bicampeão mundial Michael Schumacher acredita que possa superar os problemas do novo carro italiano. Uma limitação a seu talento, algo que reabilitou a palavra equilíbrio no dicionário da F-1.
E é a ausência do alemão na Benetton que torna incógnito também o time de Flavio Briatore, apesar da presença dos ex-ferraristas Gerhard Berger e Jean Alesi.
Para complicar ainda mais os prognósticos, McLaren e Jordan tiveram bons desempenhos na pré-temporada.
Sob a tutela de Alain Prost, Mika Hakkinen fez o MP4/11 andar, mas poucos ainda acreditam em uma ressurreição rápida do time.
Já Rubens Barrichello tem um carro superior ao do ano passado, mas adotou postura sóbria para evitar as decepções de 95.

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