São Paulo, sexta-feira, 8 de março de 1996 |
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Poucas produções têm SP como cenário
JOSÉ GERALDO COUTO
"Os Matadores", de Beto Brant, foi filmado, em sua maior parte, em Bela Vista (MS), na fronteira com o Paraguai. A principal locação de "O Cego que Gritava Luz", de João Batista de Andrade, são as margens do lago de Brasília. "A Reunião dos Demônios", de Cecílio Neto, foi rodado em Louveira (SP), e "Terra do Mar", de Eduardo Caron e Mirela Martinelli, no litoral norte do Paraná. Este último é um documentário sensível e original, que busca recriar a partir do próprio discurso dos moradores o cotidiano e o imaginário das comunidades quase isoladas de pescadores da região. O outro documentário do pacote, o rigoroso "O Velho", do também estreante Toni Venturi, é montado sobre depoimentos e material de arquivo e terá versão em episódios para a TV. Só três filmes têm ambientação claramente paulistana: "Olhos de Vampa", que se passa em lugares conhecidos de Pinheiros, especialmente a rua Teodoro Sampaio; "Ed Mort", que tem cenas nas grandes galerias do centro e no aeroporto de Congonhas; e "Um Céu de Estrelas", que acontece numa casa típica dos bairros operários da zona Leste. Este último, de Tata Amaral, tem uma proposta estética radical: passa-se todo no interior de uma casa e tem praticamente só três personagens. É um "tour de force" bem-sucedido que tem um de seus pontos altos na atuação excepcional de Alleyona Cavalli. Outro filme de produção barata que aposta na inventividade narrativa -numa safra em geral bem-comportada- é "Impala 60", de Mauro Lima. Alterna a agilidade inventiva dos videoclipes a longos e tensos diálogos entre dois personagens. (JGC) Texto Anterior: Da prece sufi Próximo Texto: 'Despedida' é a chance para dois atores Índice |
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