São Paulo, sábado, 9 de março de 1996
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SP realiza 'passeata silenciosa'

DA REPORTAGEM LOCAL

Cerca de 250 mulheres fizeram uma manifestação ontem em São Paulo para pedir que a líder dos sem-terra Diolinda Alves de Souza seja posta em liberdade.
A chuva retardou o início do protesto, que deveria ter começado às 16h. As manifestantes saíram em passeata às 17h15 pelas ruas do centro da cidade.
A "passeata silenciosa", organizada por movimentos de mulheres independentes e ligados a partidos políticos, durou 55 minutos. Grande parte das manifestantes usava preto para simbolizar o "luto pela prisão de Diolinda e a rebeldia diante da situação de exclusão social das mulheres brasileiras".
O protesto terminou na rua 11 de Agosto, ao lado do TJ (Tribunal de Justiça). Lá, algumas lideranças fizeram discursos contra a manutenção da prisão de Diolinda.
Entre um discurso e outro, os manifestantes entoavam a "Marcha Fúnebre".
Uma das reivindicações apresentadas pelas organizadoras do protesto foi a garantia de 20% de participação das mulheres no Executivo, no Legislativo e no Judiciário.
No final do ato, houve vaias para o presidente Fernando Henrique Cardoso e para o juiz que determinou a prisão de Diolinda.
A líder dos sem-terra mandou uma carta que foi lida pelos manifestantes.
A deputada federal Telma de Souza (PT-SP), o deputado estadual Jamil Murad (PC do B) e a vereadora Tereza Lajolo (PT) participaram do ato.

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