São Paulo, sábado, 9 de março de 1996
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Rombo pode datar de 1984

HELCIO ZOLINI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Documentos do Banco Nacional demonstram que os conselheiros e diretores da instituição passaram a ter maior participação no lucro líquido da empresa a partir de 1984, quando foi feita a reforma do estatuto do banco. A Folha teve acesso aos documentos.
Na Assembléia Geral Extraordinária realizada um ano depois, em março de 1985, o acionista minoritário Marco Aurélio Carone denunciou a reforma estatutária como sendo "lesiva" aos demais acionistas.
Entre outros pontos, o estatuto estabeleceu que 10% dos lucros passariam a ser destinados aos membros da administração.
Para ele, apesar de a assembléia ser soberana para decidir a destinação dos resultados do banco, o fato já caracterizaria, na época, o início de uma suposta "distribuição disfarçada de lucro". A polêmica ficou registrada nas atas das assembléias realizadas em 1985.
Carone, atual gestor do consórcio do grupo de acionistas minoritários não-controladores do Banco Nacional, disse não ter dúvidas de que teria sido a partir daquela data que o banco começou a fraudar seus balanços.
O advogado Sérgio Bermudes, que representa os ex-donos do Nacional, não foi encontrado ontem.

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