São Paulo, sábado, 9 de março de 1996
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MP pretende mediar ação pró-menores

DA REPORTAGEM LOCAL

A Coordenadoria do Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude, do Ministério Público, pretende servir de mediadora entre sociedade, empresas e órgãos públicos para tentar resolver os problemas ligados a menores.
Essa é a principal proposta do procurador de Justiça Paulo Afonso Garrido de Paula, que tomou posse há uma semana na chefia da coordenadoria. Segundo ele, o importante é tentar promover uma ação conjunta para tentar melhorar a qualidade de vida do menor.
"Um dos maiores problemas hoje nessa área é o fato de todas as ações serem isoladas", diz Garrido de Paula, que também é um dos co-autores do Estatuto da Criança e da Adolescência.
O papel da coordenadoria é de dar apoio e infra-estrutura aos promotores do Estado em questões ligadas a crianças e adolescentes.
Garrido de Paula dá um exemplo para mostrar a importância de uma ação conjunta e da realização de parcerias: "A questão do trabalho infantil no interior, por exemplo, é difícil. É ilegal crianças participarem de trabalho na colheita porque há riscos, mas, se proibimos simplesmente, sem conseguir um novo emprego para elas, criamos um problema social".
A solução para esse problema, segundo ele, seria a criação de parcerias com empresas ou setores da sociedade para tentar gerar empregos para essas crianças.
Garrido de Paula ainda não tem planos traçados, mas afirma que pretende começar conversando com entidades e empresas.
Seus principais pontos de atuação serão a prostituição infantil, trabalho infantil ilegal, ajuda a meninos de rua e a menores infratores. Ele diz que pretende incentivar a realização de programas para menores infratores, como projetos de prestação de serviços à comunidade e de liberdade assistida.
DENÚNCIAS - A Procuradoria Regional do Trabalho em São Paulo recebe denúncias de trabalho infantil ilegal. O SOS Trabalho Infanto-Juvenil funciona pelo número 0800-11-1616 e abrange capital e Grande São Paulo.

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