São Paulo, sábado, 9 de março de 1996
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Vendas devem crescer até 15% este mês

FÁTIMA FERNANDES
MÁRCIA DE CHIARA

FÁTIMA FERNANDES; MÁRCIA DE CHIARA
DA REPORTAGEM LOCAL

Após voltar de férias e pagar as despesas típicas de início de ano, consumidor vai abastecer a despensa

Março promete ser muito bom para a indústria de alimentos. Oito importantes empresas do setor programam vender até 15% mais que em igual mês de 1995.
São elas Santista Alimentos, J. Macedo Alimentos, Café do Ponto, Suprarroz, Ceval, Barilla Santista, Parmalat e Bela Vista.
Já na primeira semana do mês, essas empresas, que produzem macarrão, biscoitos, arroz, feijão, farinha de trigo, óleo, margarina, café, maionese e laticínios, constataram aumento no consumo.
"Encerramos a primeira semana de março com crescimento de 8% no volume de vendas de arroz de melhor qualidade", diz Luiz Augusto Krause, gerente comercial da Suprarroz, dona da marca Tio João, que deve fechar o mês com esse aumento de vendas.
Para a maioria das empresas, o consumidor vai comprar um volume maior de alimentos básicos neste mês porque o orçamento familiar está mais folgado.
É que boa parte das dívidas típicas de início de ano -como impostos, matrícula e material escolar- já foi quitada.
Fora isso, as famílias voltaram à rotina normal e, além de comprar para o gasto do mês, vão repor a despensa, diz Amarílio Macedo, diretor-presidente da J. Macedo Alimentos, que produz farinha de trigo e macarrão, entre outros.
Segundo Macedo, o consumidor que, do final de 1994 até metade de 1995, ficou em lua-de-mel com os bens duráveis, deve, a partir de agora, gastar mais com alimentos.
Na sua análise, as vendas dos seus produtos devem crescer 10% neste ano sobre o ano passado. "E neste mês vamos trabalhar para vender 7% mais do que em março de 1995, que já havia sido fantástico."
As vendas da linha de margarinas (Delícia, Primor, Mila e Manty) da Santista Alimentos devem crescer 8% no primeiro trimestre deste ano em relação a igual período de 1995, diz José Antônio do Prado Fay, diretor.
Inferno astral Depois de atravessar o inferno astral nos meses de janeiro, fevereiro e março, os piores para a venda de café, o Café do Ponto prevê um crescimento de 15% no volume de vendas para este mês sobre igual período do ano passado.
"Quem vai puxar a venda do produto é o mercado interno",diz Luiz Roberto Gonçalves, diretor.
Ele conta que parte desse crescimento nas vendas se deve a uma política mais agressiva da empresa.
A mesma estratégia foi adotada pela Suprarroz, que além de arroz vende feijão preto da marca Biju. A previsão é aumentar em 10% o volume de vendas neste mês sobre março de 1995.
O consumo de óleo, derivados de carnes e de leite também deve se manter firme ao longo deste mês.
A Ceval Alimentos, por exemplo, espera vender em março 5% a 10% mais do que em igual período do ano passado.
Na Parmalat, a expectativa é que o mercado para os seus produtos se amplie em 10% em março, na comparação com o mesmo mês do ano passado.

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