São Paulo, sábado, 9 de março de 1996 |
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Samba do planeta vai à Bahia
CARLOS CALADO
Mestres do gênero, como os percussionistas africanos Doudou N'Diaye Rose e Granmoun Lélé, ou o norte-americano Glen Velez, vão comandar workshops e concertos no Teatro Castro Alves. O tema desta terceira edição do festival abriu caminho para um elenco nacional mais voltado para a música popular brasileira, especialmente cantoras, como Gal Costa e as sambistas Dona Ivone Lara e Elza Soares. A sugestão do tema partiu de Gilberto Gil. O cantor e compositor baiano vai dividir a direção artística do evento com o percussionista pernambucano Naná Vasconcelos, que vive nos EUA desde a década de 70. Segundo Gil, o conceito do festival é bastante amplo."Pensamos no samba da terra de cada um. O verso poético de Caymmi é suficientemente amplo para englobar o sentido de um samba do planeta, o samba das várias terras", diz. Além de coordenarem o evento, Gil e Naná também vão festejar seu reencontro no palco. A primeira parceria se deu durante o verão de 1973, quando Gil acabava de voltar do exílio em Londres. "Fizemos três ou quatro dias de shows, só eu e ele, no Teatro Vila Velha", recorda. "Foi a primeira vez que Naná tocou berimbau na Bahia. Ele estava começando a formar o elenco de instrumentos de percussão com os quais se tornou famoso no mundo inteiro." Desta vez, Gil e Naná terão a companhia percussiva de dois grupos femininos de Salvador: o Didá (criado por Neguinho do Samba, mestre da bateria do Olodum) e o Bolacha Maria (idealizado por Carlinhos Brown). "Já estamos trabalhando", avisa Gil, que acaba de se reunir com Dona Ivone Lara, Elza Soares e o percussionista Armando Marçal, para prepararem seus shows. Texto Anterior: Novo disco do Sepultura invade paradas européias Próximo Texto: Quero o meu orgasmo de volta, a Missão! Índice |
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