São Paulo, segunda-feira, 11 de março de 1996 |
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Crise pode esfriar candidatura de Motta
FERNANDO RODRIGUES
Na análise de governistas, as dificuldades do governo em operar politicamente no Congresso seriam fragilizadas ainda mais com a saída de Motta. É que o ministro das Comunicações é um dos poucos integrantes do primeiro escalão do governo que, ainda que informalmente, faz controle dos votos no Congresso. Na votação da emenda da Previdência, na semana passada, o governo não preparou uma planilha com o possível resultado. A votação sem controle prévio é praxe no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. Desde sua posse, FHC tem dito que será sempre o coordenador político. Os aliados concordam que FHC se dá bem nas conversas com parlamentares. Mas continuam a achar que falta uma pessoa para fazer a operação política. Por operação política os governistas entendem fazer um controle rígido, nome a nome, dos parlamentares considerados aliados. "Nós já temos esse operador, que é a Subchefia para Assuntos Parlamentares da Casa Civil", disse à Folha, por intermédio de sua assessoria, o ministro-chefe da Casa Civil, Clóvis Carvalho. O responsável por esse trabalho é Eduardo Graef. Na semana passada ele teria feito a planilha com uma prévia da votação. "Fizemos (a planilha). É que fomos surpreendidos, como todo mundo", diz Clóvis Carvalho. No Congresso, entretanto, a Folha falou com parlamentares que não foram consultados sobre como pretendiam votar. Pelo menos um líder partidário da base governista disse que o governo não fez a planilha prévia. Texto Anterior: COMUNICADO BMD Próximo Texto: Presidente e líder do PMDB se enfrentam Índice |
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