São Paulo, segunda-feira, 11 de março de 1996
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Advogado pede fim da prisão de acusado

Família acredita em acidente

DA REPORTAGEM LOCAL

O advogado de Frederico Vanetti de Araújo, 33, acusado pela morte do pai, Ney Bittencourt de Araújo, sócio-controlador da Agroceres, vai pedir hoje a revogação da prisão temporária de seu cliente.
"Não é verdade que Frederico tenha tentado fugir, pois quando foi preso, em Pato Branco (PR), ele estava na casa da mulher, cujo endereço o delegado sabia", disse Gontran Guanaes Simões.
Simões disse que vai tentar relaxar a prisão junto ao Tribunal do Júri. Se não houver sucesso, pretende entrar com pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça.
O advogado também vai pedir que a fita gravada com a confissão de Frederico faça parte do inquérito. "Ela foi obtida por meios ardilosos, mas está a favor da defesa, por mostrar que não foi uma versão montada com ajuda do advogado, que não estava lá."
O acusado afirmou à polícia que encontrou o pai com o revólver na mão, tentou desarmá-lo e a arma disparou por acidente.
As duas irmãs de Ney Araújo, Neyde e Nice, os filhos Vitor e Guilherme e o cunhado Urbano Ribeiral afirmaram anteontem que acreditam na versão de Frederico.
"Meu pai andava deprimido desde maio e tomava seis Lexotan (calmante) por dia. Isso o levou a pensar em suicídio", afirmou Vitor, irmão do acusado.
Após a morte do empresário, em 14 de janeiro, a família divulgou nota dizendo acreditar que se tratou de acidente, não de suicídio.
"Foi uma forma de a perda nos parecer mais leve", afirmou anteontem Neyde de Araújo.

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