São Paulo, segunda-feira, 11 de março de 1996
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Fifa altera lei da vantagem e permite até sete reservas

AURÉLIO GIMENEZ
FREE-LANCE PARA A FOLHA

A Fifa anunciou no sábado, no Rio, duas alterações nas regras do futebol: o número de jogadores no banco de reservas passa de cinco para sete e o juiz pode agora voltar atrás na lei da vantagem e marcar uma falta vencida.
As novas regras entram em vigor no próximo dia 1º de julho. Segundo o secretário-geral da Fifa, Joseph Blatter, a partir de agora o árbitro poderá desconsiderar a vantagem e marcar a falta anterior, caso perceba que o time que sofreu a falta não foi beneficiado no lance.
Nos próximos meses, a entidade expedirá uma regulamentação da nova regra aos juízes. Nela, vai estabelecer o limite de tempo que o juiz terá para decidir se deixa o lance prosseguir, aplicando a lei da vantagem, ou se pára a jogada e marca a falta.
Reunidos no hotel Copacabana Palace desde sexta-feira, os dirigentes da International Board, órgão da Fifa, pouco avançaram na modernização das centenárias leis do esporte.
Os dirigentes chegaram a pensar em permitir que fossem feitas sete substituições por partida. Permaneceram, porém, as três atuais, além do goleiro.
A adoção do lateral cobrado com o pé e da parada técnica, para que o técnico dê instruções aos jogadores durante a partida, continuam sendo estudadas pelos dirigentes.
Ficou decidido que o bandeirinha passa a se chamar auxiliar do árbitro e que a sua palavra contará mais nas decisões do juiz.
O possível aumento das balizas e o uso de equipamento de vídeo durante o jogo nem sequer foram discutidos. Blatter disse que há maneiras melhores de estimular a marcação de mais gols do que aumentar o tamanho do gol.
Segundo o secretário-geral da Fifa, as equipes devem jogar mais ofensivamente. Ele defendeu que as faltas por trás e os carrinhos sejam punidos mais severamente.
O presidente da Fifa, João Havelange, defendeu a profissionalização do juiz, afirmando que hoje o árbitro não tem tempo para se preparar fisicamente para as partidas, já que exerce outras atividades.
Havelange afirmou ser totalmente contrário ao uso de imagens de TV, dizendo que os lances polêmicos fazem parte do esporte.
Ele recordou o gol de mão de Maradona, dizendo ser o fato mais comentado até hoje da Copa de 1986.

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