São Paulo, segunda-feira, 11 de março de 1996 |
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Totalmente beautiful MARCELO FROMER e NANDO REIS MARCELO FROMER; NANDO REIS
Todos craques e imprescindíveis. Formação de salão, classe de futebol de campo. Jogavam por música. A começar pela defesa sólida e entrosada, formada por dois excelentes marcadores, que sabiam sair muito bem com a bola dominada até o meio-campo. No gol, o elástico e seguro Sérgio Reoli. Sempre atento, esperto, contava com o auxílio de seu irmão mais novo, também impecável e bom de bola: Samuel, como líbero. Em tempos modernos, nada melhor que um volante que sabe marcar, mas que distribui com graça e elegância. Em grande forma, de índole boa e apaixonado pela matéria, Júlio Rasec foi sem dúvida um dos melhores meio-campistas surgidos nos últimos dez anos. Para as ligações verticais, elétricas, só mesmo um ponta rápido e imprevisível. Muito criativo, sempre buscando a maneira mais eficiente de alçar a bola na área, era assim que jogava Bento Hinoto. E lá na frente, o feroz camisa nove. Centroavante nato, estilista, versátil como poucos. Com a sede leonina que só os goleadores possuem, fazia da bola a sua presa. Quando fazia fila driblando os seus oponentes, não era para tripudiá-los e sim para ver os dentes da multidão sorrindo, sem se preocupar com o porquê de tanta graça. Esse era Dinho. Tiveram uma carreira brilhante. Em seu primeiro e único campeonato foram os melhores. Não só em números, mas em tudo o que motiva e atrai o jovem torcedor. Para os amantes do futebol e arte -e só aqui já são dois- esta foi uma perda irreparável, insubstituível. Mamonas F. C. vai deixar muitas saudades. Marcelo Fromer e Nando Reis são músicos e integrantes da banda Titãs Texto Anterior: Fifa altera lei da vantagem e permite até sete reservas Próximo Texto: Leite Moça vence e confirma favoritismo Índice |
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