São Paulo, segunda-feira, 11 de março de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Polícia esperava ataque a Rabin

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Policiais israelenses teriam sido advertidos da possibilidade de um atentado contra o primeiro-ministro Yitzhak Rabin na noite de seu assassinato.
"Um oficial nos alertou e falou explicitamente sobre a ameaça de um ataque contra o primeiro-ministro", disse o policial Moshe Afron durante seu testemunho no julgamento de Yigal Amir, que confessou ter matado o premiê em 4 de novembro.
Amir atirou em Rabin pelas costas depois de esperar 40 minutos em um estacionamento. O local era vigiado por seguranças.
Outra testemunha disse que Amir foi encorajado a matar o premiê por Avishai Raviv, um radical de extrema direita.
"Raviv disse coisas como 'Rabin merece sentença de morte' e 'quem quer que o mate é um homem justo"', disse Iran Avzilabo, que morou com Raviv no assentamento de Kiryat Arba (Cisjordânia).
A imprensa israelense especula que Raviv, líder do grupo direitista Eyal, tenha sido recrutado pelo serviço de segurança interna de Israel para atuar como espião no meio de grupos de extrema direita.
Ele foi preso logo após o assassinato de Rabin, sendo libertado em seguida. Amir protestou e considerou sem sentido as afirmações de Avzilabo. Ele afirma que agiu sozinho no assassinato do premiê.
A próxima sessão do julgamento de Amir deve ocorrer amanhã, quando psiquiatras divulgarão o resultado de sua avaliação mental.

Texto Anterior: Hamas retira sua oferta de cessar-fogo
Próximo Texto: Madonna grava cena na sede do governo
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.