São Paulo, segunda-feira, 11 de março de 1996
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Novo modelo é o destaque no calendário aeronáutico

ERNESTO KLOTZEL
ESPECIAL PARA A FOLHA

O início de operação do novo Boeing-777 pela United Airlines, que o lançou e operou em caráter pioneiro no mundo, é um dos destaques do calendário aeronáutico.
Na rota entre São Paulo e Miami -que o novo Boeing cumpre desde o último dia 3- não voam os Airbus-A330/340, de modo que o 777 só encontra concorrente à altura no MD-11 da norte-americana McDonnell Douglas.
Duvidamos que a agência de propaganda da United Airlines deixe de aproveitar a feliz coincidência de ser 777 o número da avenida Paulista onde fica seu escritório.
Mesmo que o número passe em branco, a United conta com um produto realmente novo, oferecido para o consumo de turistas que demandam um dos destinos preferidos pelos brasileiros: Miami.
Essa rota provoca um congestionamento diário de vôos regulares, avolumados por charters de diversos tons, origens e competências.
Concorrência
O 777 não vai ter a companhia dos dois jatos Airbus que são seus maiores concorrentes: o quadrijato Airbus-A340 e, principalmente, o bijato A330, de alcance e capacidade semelhantes.
À existência desses dois modelos pode ser atribuída uma das grande motivações da Boeing em desenvolver seu mais novo modelo.
O Boeing-777 vai bater de frente com o MD-11, considerado por Seattle -cidade no noroeste dos EUA, onde fica a sede da Boeing- como um concorrente de respeito.
Outro concorrente é o próprio antecessor do Boeing-777, o antigo DC-10, fabricado pela MacDonnell Douglas.
O MD-11 é operado pela Vasp e o DC-10, pela Varig.
Restam, entre os jatos de médio e grande porte, os 747/200 da Tower Air e os 767/300 da American Airlines, Transbrasil e da própria United Airlines.
Enquanto o 777 pode transportar de 305 a 440 passageiros, essa faixa cai para 235 a 410 passageiros no MD-11. O alcance bem maior deste, em relação à primeira família 777, não é exigido nos vôos a Miami.

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