São Paulo, terça-feira, 12 de março de 1996
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Congresso ajusta a nova lei agrícola

Exportações de cereais devem crescer

JOSÉ ELI DA VEIGA
ESPECIAL PARA A FOLHA

A última lei agrícola norte-americana do século 20 deverá ser promulgada nas próximas semanas após conchavos entre representantes da Câmara e do Senado.
As dificuldades de conciliação dos projetos decorrem não só das divergências, mas também da extensão.
São diplomas extremamente detalhados, cujas centenas de páginas constituem excelente quebra-cabeças para usuários da Internet (http://thomas.loc.gov/c104).
Mas alguns pontos podem ser antecipados, como o incremento da vocação exportadora de produtos de clima temperado (principalmente cereais).
Espera-se, também, sete anos de sobrevida para os cartórios do algodão, arroz, amendoim, açúcar e fumo, além da manutenção dos esquemas de segurança alimentar e a consolidação dos novos programas de pesquisa sobre sistemas de produção mais sustentáveis.
Nada favorável, portanto, aos interesses dos exportadores do Brasil, pois haverá mais concorrência pelos importadores de grãos, sem nenhum sinal de abertura dos mercados americanos de produtos tropicais ou semitropicais.
Essas desvantagens não devem ofuscar a importância da lei sob o prisma mais global da preparação das políticas agrícolas do Primeiro Mundo para a próxima fase de expansão do capitalismo.
A garantia de renda aos agricultores deixa de ser obstáculo à adoção de práticas ajustadas às exigências por alimentos saudáveis e preservação dos recursos naturais.

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