São Paulo, terça-feira, 12 de março de 1996
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Governo não conhece safra

DA REPORTAGEM LOCAL

O governo não tem estimativa para a próxima safra de café, cuja colheita começa em junho.
O presidente da Abic (associação da indústria do café), Américo Sato, desconfia que o governo não tenha feito a previsão, por temer que o anúncio de uma grande safra derrube o mercado.
Com a extinção do IBC (Instituto Brasileiro do Café), o governo deixou de realizar levantamentos estatísticos sobre o parque cafeeiro do país.
Em 95, o governo fez um convênio com o Instituto de Economia Agrícola, de São Paulo, que garantiu a elaboração de uma estimativa e calculou a safra colhida em 12,5 milhões de sacas.
Para elaborar uma previsão, o governo precisaria ter enviado técnicos a campo em novembro, após a florada, e este mês, quando já apareceram os chumbinhos (futuros grãos).
Para Manoel Bertone, do CNC, a solução para o problema é a privatização da política de café do país, com um sistema de co-gestão com o governo.
Procurado pela Folha, Renault de Freitas Castro, diretor do Denac (Departamento Nacional do Café), não atendeu a reportagem.

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