São Paulo, terça-feira, 12 de março de 1996
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O fim do IPC; Opção parlamentar; Xô, Frankestein; Mui amigo; A boa filha; Primeiro em casa; Nome aos bois; Precedente perigoso; Luluzinha de plantão; Ainda bem; Unha de fome; Recuo estratégico; Assunto haraquiri; Saliva à toa; Caça-níqueis; Visita à Folha

O fim do IPC
Novo relator da reforma da Previdência, Michel Temer (PMDB) diz que proporá a extinção imediata do IPC. "No lugar, entra um fundo de pensão ou uma aposentadoria parlamentar aos 35 anos de contribuição."

Opção parlamentar
Se Temer optar pela aposentadoria parlamentar, ela não será cumulativa. Ele definirá critérios de proporcionalidade. Cada ano de mandato equivalerá a um de contribuição. Integral, só para quem tem 35 anos de Congresso.

Xô, Frankestein
Temer diz que venceu sua principal preocupação após horas trancado com assessores: "Não será Frankestein. As emendas ao projeto do governo são suficientes para um substitutivo que possa ser negociado com os líderes".

Mui amigo
Paes de Andrade, presidente do PMDB, diz que Michel Temer terá uma tarefa "espinhosa". Só não diz se ajudará a desfazer a coroa ou se contribuirá para torná-la ainda mais apertada.

A boa filha
Roseana Sarney continua no time da reeleição. A partir de 1997, em todos os níveis. Mas só para os próximos governantes, o que exclui ela e FHC. "Não defendo casuísmos", diz a governadora.

Primeiro em casa
Visto como um cheque em branco para Covas, o Plano Estadual de Desestatização começa a ser negociado hoje entre o vice Geraldo Alckmin e o PSDB. Os outros partidos vêm depois.

Nome aos bois
O Diap está cruzando os vínculos entre projetos apresentados na Câmara e os financiadores das campanhas de seus autores. O mapa do lobby sai antes das eleições municipais deste ano.

Precedente perigoso
O Brasil quer ser a sede da revisão da Rio 92, prevista para 97. Fará a reivindicação na reunião de ministros do meio ambiente, domingo, em Mangaratiba (RJ).

Luluzinha de plantão
Emília Belinati (PDT) aproveita a interinidade como governadora e faz do Paraná o primeiro Estado a assinar, hoje, um compromisso para cumprir a Declaração de Pequim, da Conferência da ONU sobre a Mulher.

Ainda bem
O senador Carlos Bezerra (PMDB-MT) achou uma boa desculpa para se opor à CPI dos bancos. Diz que ela não pode ser limitada no tempo. Mas garante que não retira sua assinatura. Mesmo porque não dá mais.

Unha de fome
O PFL reelege Jorge Bornhausen na quinta-feira. A embaixada em Portugal ficou para outra ocasião. Itamar quer completar um ano de serviço em Lisboa para garantir o pagamento da mudança para Washington.

Recuo estratégico
Sarney fala grosso, mas já não parece tão entusiasmado com a instalação da CPI dos bancos. Recorre ao precedente da CPI das empreiteiras. A maioria dos partidos indicou representantes. O PFL e o PSDB não.

Assunto haraquiri
FHC terá longas conversas sobre os dekasseguis no Japão. Há 168 mil no país. O assunto é espinhoso: reconhece um Brasil falho como oportunidade para os descendentes japoneses e toca na questão do desemprego japonês.

Saliva à toa
Serjão se desdobrou na NTT -a Embratel japonesa- para convencer seus diretores de que o Brasil é viável. Do lado de fora, empresários japoneses exigiam mais segurança. O assunto crise bancária já se espalhou por lá.

Caça-níqueis
O Disque PT começou ontem, sem dizer nada. Adiou para quinta o início das mensagens e notícias do partido. Até lá, entra no ar um agendão explicando como vai funcionar. A R$ 2,20.

Visita à Folha
O diretor-superintendente da Fiat Automóveis S/A, Giovanni Battista Razelli, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado do diretor-geral, Cledorvino Belini, do diretor de Comunicação, Nivaldo Nottoli, e do assessor de imprensa, Marco Piquini.

TIROTEIO
De Vicente Cascione (PTB-SP), sobre a punição que o Planalto quer lhe aplicar por ter votado contra a reforma da Previdência:
- Esse governo é fisiológico. Não aceita deputado que vota com a consciência. Se demitir os meus indicados, dará demonstração de fisiologismo e perderá a vergonha, se é que já teve.

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