São Paulo, terça-feira, 12 de março de 1996 |
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Deputados estão em xeque, diz Motta
FERNANDO RODRIGUES
Motta falou à Folha em Tóquio, no Japão, onde participa da comitiva do presidente Fernando Henrique Cardoso -que visita aquele país de hoje até sexta. Um dos principais articuladores políticos de FHC, Motta quis demonstrar tranquilidade em relação à derrota do governo na votação da emenda da Previdência. Eleitores contra O ministro deu a entender que a estratégia governamental pode ser no sentido de mover os eleitores contra o Congresso. Isso seria usado para aprovar uma outra reforma da Previdência. A frase do ministro foi a seguinte: "Quem nos apóia é o povo. Ele (FHC) tem o apoio do povo. O Congresso vai ter de optar: ou trabalhar no sentido do povo, ou contra o povo". Especificamente sobre a queda da emenda sustentada pelo governo, Motta disse que foi uma "solução política", e não uma simples derrota. "Podemos reapresentar o projeto da Previdência, com emendas. Eu particularmente gostei, porque achava o relatório do Euler (Ribeiro, deputado do PMDB-AM, relator da emenda) uma droga. Eu acho que foi uma boa solução política. E também foi bom porque estabeleceu bem as forças." Motta disse não acreditar que o presidente pense em punir os deputados, supostamente aliados, que votaram contra o governo na emenda da Previdência. O ministro passou o dia encontrando-se com empresários japoneses, a quem convidava para visitar o Brasil e investir no país. Foram visitas protocolares, quase inócuas, e sem muito resultado imediato. Na laboratório da NTT (estatal de telecomunicações do Japão), passou quase meia hora vendo um vídeo genérico. Texto Anterior: Tucano se encontra com ex-jogador Fio Maravilha Próximo Texto: Assessores de FHC querem trocar avião Índice |
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