São Paulo, terça-feira, 12 de março de 1996 |
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BC tem dinheiro para 6 'casos Nacional'
CARLOS ALBERTO SARDENBERG
O BC possui recursos superiores a R$ 42 bilhões, formadas pelos depósitos compulsórios. Esses são os recursos que o BC pode emprestar para fusões e compras de bancos, como foi no caso do Nacional. Compulsórios são os recursos que os bancos recolhem obrigatoriamente ao BC. Há compulsórios, por exemplo, sobre os depósitos que o banco recebe e sobre os CDBs que emite. Mas R$ 5,8 bilhões já foram utilizados. É o dinheiro que o BC emprestou para o Banco Nacional, a chamada "parte ruim", que ficou sob administração do próprio BC. Sobram, portanto, reservas de R$ 36,2 bilhões, disponíveis para financiar outras aquisições no âmbito do Proer, o programa de fusões bancárias lançado no ano passado. Ou seja, ainda tem dinheiro para seis "casos Nacional". Desses recursos, por exemplo, sairá o empréstimo para o Excel Banco adquirir a parte boa do Econômico, numa operação semelhante à do Nacional. A parte boa do Nacional foi vendida ao Unibanco por aproximadamente R$ 1 bilhão. O empréstimo ao Nacional "ruim" tem garantias de R$ 7 bilhões, informa Francisco Lopes, diretor do BC. Essas garantias são títulos da dívida do Tesouro, de longo prazo e recebimento duvidoso, de modo que se negociam no mercado com valor inferior ao nominal. Por isso são chamados "títulos podres". Mas o BC os aceita pelo valor nominal integral, de modo que um banco pode comprar um papel por R$ 60, por exemplo, e entregá-lo ao BC por R$ 100. Texto Anterior: FHC assina projetos antigos no Japão Próximo Texto: Investidores se assustam Índice |
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