São Paulo, terça-feira, 12 de março de 1996
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Acordo do Excel deve sair nesta semana

JOÃO CARLOS DE OLIVEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O acordo para a compra do Econômico pelo Excel Banco deve ser fechado ainda esta semana. Mas, conforme diz o diretor de Política Monetária do BC (Banco Central), Alkimar Moura, "as negociações continuam".
Se tudo correr como se espera, os contratos entre o Excel e o BC serão assinados em 29 de março e as agências do novo Econômico abrirão em meados de abril.
Na Bahia
Uma equipe do Excel, composta por auditores e pessoal de contabilidade, está em Salvador (Bahia) para, junto com os interventores do BC, levantar dados mais atualizados da situação do banco.
O objetivo é tentar fechar o balanço do banco de janeiro e, se possível, de fevereiro.
É como disse o presidente do BC, Gustavo Loyola, na última sexta-feira. "Faltam algumas contas."
Essas contas, que envolvem desde uma última avaliação do valor dos imóveis do Econômico até o comportamento da clientela (com a liberação do seguro-depósito e eventual aumento de atrasos nos pagamentos de empréstimos), é que vão determinar o tamanho da parte do Econômico que o Excel vai comprar.
Por enquanto, segundo o vice-presidente do Excel, João Rabello, o Econômico que será adquirido tem passivos (aplicações feitas no banco) e ativos (sua carteira de empréstimos) da ordem de R$ 2,3 bilhões.
O Excel está reivindicando do BC duas linhas de financiamento para adquirir o Econômico -no total somam R$ 500 milhões aproximadamente.
A maior parte (três quintos) desses recursos é um empréstimo de liquidez, provavelmente com prazo de um ano.
Operações
Na realidade, o Econômico, sob intervenção do BC desde 11 de agosto, não está operando.
Embora não gere receitas, segundo cálculos de Rabello, o banco custa entre R$ 36 milhões e R$ 40 milhões por mês e pode ficar ligeiramente mais caro nos primeiros meses de funcionamento (com novos formulários, comunicações aos clientes etc.).
O empréstimo de liquidez serviria, portanto, para equilibrar o Econômico, até que seu funcionamento gere as receitas necessárias. O que deve acontecer em aproximadamente seis meses.
O restante dos recursos pedidos ao BC são de linhas do Proer (programa de incentivo a fusões e aquisições bancárias).
Esse dinheiro seria gasto, diz Rabello, nos sistemas do banco (informatização), em "desimobilização" -"eventualmente pode ser melhor alugar um imóvel"- e alguns remanejamentos de agências.

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