São Paulo, terça-feira, 12 de março de 1996 |
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Clarimundo falta e irrita procurador
FERNANDO PAULINO NETO
Ele disse ter chegado a essa conclusão porque Clarimundo faltou a depoimento ontem na Procuradoria Geral da República. "A atitude do ex-executivo do Nacional está levando o procurador a crer que ele é culpado". Miranda disse que chegou a requerer que Clarimundo fosse "encaminhado coercitivamente" -levado por força policial- para depor, mas desistiu. Ele disse que não relevaria a tática que usará para convencer Clarimundo a depor. Miranda pode denunciá-lo por crime, por ser responsável por operações de conversão informal de dólares da dívida externa. Esse processo não se refere à acusação de fraude em empréstimos fictícios com o objetivo de maquiar os balanços do banco. Justificativa Segundo o advogado Sérgio Bermudes, que defende Clarimundo e a família Magalhães Pinto, acionista majoritária do banco, a razão para o ex-vice-presidente não ter ido depor "está na Constituição". Bermudes diz que a Constituição estabelece que a Polícia Federal deve "exercer com exclusividade a função de Polícia Judiciária da União". Segundo Bermudes, Sant'Anna comparecerá, quando for intimado a depor no inquérito da PF. "O que eu posso fazer se a Polícia Federal não investiga. Me queixar ao bispo? Esta alegação é uma heresia jurídica", disse Miranda. Ele quer também agilizar as investigações dos créditos fictícios do Banco Nacional. Para isso, ele pretende "desburocratizar as relações" entre a Procuradoria da República e a comissão do BC que apura as fraudes por meio de reuniões com membros dos dois lados. Texto Anterior: Clarimundo falta e irrita procurador Próximo Texto: Acordo do Excel deve sair nesta semana Índice |
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